ENTÃO COMO É ?
Lá saiu finalmente o diploma que extingue carreiras e categorias na função pública ditando a transição dos extintos ás carreiras gerais, tudo no âmbito do novo regime de vínculos e carreiras. E lá aconteceu o que se esperava...... ACABÁMOS....... e os nossos representantes, isto é Direcção-Geral de Arquivos e Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, o que fizeram.............. NADA.
Perante esta coisa linda que dá pelo nome de Decreto-Lei nº 121/2008 de 11 de Julho de 2008 este Governo mata vários coelhos com a mesma machadada..... vejamos:
1. O Governo acaba com quatro carreiras especiais resultantes do Dec. Lei 247/91, bem como com todas as disfuncionalidades de quadros BAD ainda em vigor;
2. O Governo acaba com o problema do reconhecimento das pós-graduações como única forma de se entrar na carreira técnica. Assim está a dar cobertura e a validar tudo o que é licenciaturas, pós-graduações e mestrados nesta área como forma de habilitação própria para se exercer a profissão;
3. O Governo acaba com as sempre frouxas mas existentes reivindicações de uma classe a mais remuneração e outros benefícios em virtude de estar numa carreira especial e necessitar de mais formação.
Assim temos:
É espantoso, só agora é que a BAD reage numa bela circular, mas mais uma vez numa atitude muito pouco pró-activa.
Pois é caros colegas ainda à pouco alguém dizia que a passagem do órgão coordenador da política arquivística nacional a Direcção-Geral, não era "andar de cavalo para burro", mas era uma atitude estratégica, de quem quer que o Estado assuma a área dos arquivos como uma das suas funções vitais.......... vê-se que não se andou de cavalo para burro, mas foi mais para o fim..... e as esperadas consequências de quem viu uma política sair gorada..... nenhumas..... tudo na mesma, o povo é sereno...............
Por outro lado para defender a classe...... mais circulares bem escritas e apelativas..... mais do mesmo..... tarde e a más horas..... talvez agora se perceba porque muitas vezes defendi que era preciso ser "curto e grosso", paninhos quentes podem eternizar pessoas em cargos, mas com resultados práticos pouco convincentes.
Sinceramente é negro .... muito negro o futuro, se é que ainda existe o futuro..... espero que ao menos os profissionais lutem por se destacar pela qualidade do seu trabalho e exigindo qualidade, fazendo sentir às instituições e à sociedade a importância dos arquivistas como profissionais. Agora estamos só nas nossas mãos ................ ESTAMOS MESMO SÓS.
